Candidato do PDT fez campanha em Santana de Parnaíba (SP) nesta quarta-feira (17). Carreira política de Suplicy, que hoje é vereador, é marcada pela defesa de um programa de renda básica. O candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, disse nesta quarta-feira (17) que a proposta Renda Mínima Universal Eduardo Suplicy, prevista em seu plano de governo, é uma “homenagem” ao ex-senador petista. Ele fez a afirmação ao ser questionado se o nome escolhido para batizar a ideia era uma provocação ao PT.
A declaração foi dada durante ato de campanha na cidade de Santana de Paranaíba (SP). A proposta citada por Ciro e batizada com o nome de Suplicy prevê a distribuição de até R$ 1 mil por domicílio vulnerável no Brasil. Eduardo Suplicy, que atualmente é vereador na cidade de São Paulo, tem como principal bandeira da sua trajetória política a instituição de um programa de renda básica para a população. A ideia defendida pelo petista chegou a virar lei, em 2004, no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas nunca foi efetivamente implementada.
Em junho, durante apresentação de uma prévia do plano de governo do PT, Suplicy causou constrangimento na cúpula petista ao interromper o evento para falar da proposta e dizer que não havia sido convidado para a reunião pelo coordenador do programa de governo petista, o ex-ministro da Casa Civil Aloizio Mercadante. Para Ciro, o PT “nunca deu bola” para Suplicy e Lula, que é o candidato da sigla ao Palácio do Planalto, considera o ex-senador “uma pessoa meio que desprezível”.
“É uma homenagem que eu quero prestar a um cidadão que combateu esse combate a vida inteira. Se você olhar, fica quase exótico. E, assim, o PT nunca deu bola pra ele. O Lula considera o Suplicy, sabe, uma pessoa meio que desprezível. E eu penso o oposto do Suplicy. Suplicy é um grande quadro. Pouco me importa qual partido que ele é filiado”, afirmou Ciro Gomes.
‘Escravidão’ dos juros
Em Santana de Parnaíba, Ciro caminhou com apoiadores em uma comunidade local. Ele estava acompanhado de Elvis Cezar, ex-prefeito da cidade e candidato do PDT ao governo de São Paulo. Em discurso, voltou a dizer que, se eleito, vai criar um programa para limpar o nome de brasileiros endividados e classificou as altas taxas de juros para inadimplentes como “nova escravidão”.
“Estamos aqui pra acabar com a nova escravidão. A nova escravidão é o juro alto. É a dívida das famílias. É o colapso da escola pública, que não prepara o filho do trabalhador para essa economia de computador, de digital. E nós estamos propondo isso. Isso é uma tarefa pra quem, como vocês, tem o sentido de justiça no coração”, declarou. Ciro também reiterou que em um eventual governo tentará mudar a política de preços da Petrobras, para reduzir o custo dos combustíveis aos consumidores.
“A primeira providência, no primeiro momento do governo é mudar a política de preços da Petrobras, que vocês estão vendo: o gás de cozinha não dá mais pra pagar. Claro, passou três anos e meio subindo, quando chega na véspera da eleição eles tão diminuindo, eles acham que nós todos somos abestalhados aqui embaixo”, disse o pedetista.
Por g1 — São Paulo
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